"Nada mais quero do governo português e proclamo o
Brasil para sempre separado de Portugal!"
Arrancou então o laço azul e
branco do seu chapéu, que simbolizava o governo português, e jogou-o fora,
dizendo em seguida:
"Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus,
juro fazer a liberdade do Brasil".
Com esta frase, Dom Pedro abriu seu discurso às margens do
Ipiranga. Notem que ele fala: Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu
Deus... Sim pelo meu Deus. Ou seja, ele acreditava num Deus. Ele tinha em seu
coração princípios. Foram contra a exploração dos portugueses, os juros altos,
do extrativismo de nossas riquezas, que se colocou: INDEPENDENCIA OU MORTE.
Preferia doar sua vida, a continuar escravo.
Já se passaram 189 anos deste fato, o Brasil cresceu,
tornou-se querendo ou não uma grande potência, tendo reservas desejadas pelo
mundo todo, tendo à maior costa navegável do mundo, tendo uma reserva de
petróleo no pré-sal invejada até mesmo pelos maiores produtores de petróleo do
mundo. Uma imensidão de água em nosso país capaz de suprir a sede mundial, um
eco sistema privilegiado, uma natureza capaz de fornecer medicamentos para
todos os tipos de patologia. Sem contar com o povo brasileiro; hospitaleiro,
diversificado em sua cultura, capaz de vencer os maiores desafios, e com um
espírito de vitória que causa inveja ao mundo.
Mesmo assim, somos escravos. Somos um povo que perdeu a galhardia
inspirada em nosso hino nacional. Foi tirando de nossas escolas o direito de
ser cidadão, pois quando cantávamos o hino nacional, estufando o peito,
expressávamos nosso orgulho em ser brasileiro. Hoje quantos alunos sabem o hino
nacional? Quantos sabem o que significam as estrelas em nossa bandeira.
Democracia? Retirar de nossas escolas o civismos, o espírito patriótico, pode
se chamar de democracia, de liberdade.
Naquela tarde ouviram as margens claras e tranqüilas do
riacho Ipiranga, um grito forte, que ecoou em todo aquele local, e que chamou a
atenção daquele povo, povo que foi acordado pelo eco daquele brado. O Brasil
precisa ser acordado pelo brado de homens e mulheres que tenham a força do
Espírito Santo, pois somente despertado pelo Espírito do Senhor é que poderemos
transformar o Brasil numa pátria livre.
Hora se a
garantia da liberdade, da igualdade, é o desafio de doar nosso peito, nossa
vida, então precisamos estar cheios do Espírito Santo para que este combate
possa ser da vontade de Deus e Ele estar à frente de nosso combate, como esteve
na história da igreja e do povo de Deus. Os últimos tempos, que estamos vivendo, são os tempos da efusão do
Espírito Santo. Trava-se, por conseguinte, um combate decisivo entre "a
carne" e o Espírito. (CIC 2819)
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