sábado, 20 de junho de 2009

A PREGAÇÃO NO GRUPO DE ORAÇÃO

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A Pregação no Grupo de Oração

A pregação no grupo de oração é um assunto que há muito tempo nos desafia. Primeiro, devido às nossas próprias limitações. Somos limitados em santidade, testemunho, formação bíblica, formação doutrinária e capacitação técnica para a comunicação. Segundo, porque a dinâmica do grupo é bastante exigente. O pregador tem somente de dez a quinze minutos para anunciar o evangelho com eficácia. Terceiro, porque o grupo recebe toda espécie de filhos de Deus. Lá vão pessoas equilibradas, saudáveis, bem encaminhadas na vida, que talvez buscam somente respostas para seus anseios espirituais. Junto com elas vão pessoas doentes do espírito, da alma e do corpo. Estas, além de necessitarem de ajudas espirituais, necessitam, em primeira mão, de soluções para depressão, desesperança, compulsão para suicídio, cefaléias, cardiopatias, doenças renais, nevralgias.
Seria ilusão ignorar os problemas relacionados com a humanidade dos freqüentadores do grupo de oração, para levar-lhes somente um ensinamento doutrinário, ainda que fosse perfeito do ponto de vista teológico. Tal atitude excluiria quase cem por cento das pessoas. O que fazer, então?
Para começar, poderíamos seguir o exemplo de Jesus. No seu tempo o povo sofria de males semelhantes aos que nos acometem nos dias de hoje. Certa vez ele estava pregando na entrada do templo, para ovelhas sem pastor, mais ou menos como as que vão ao grupo de oração. Ele não perdeu tempo com rodeios, utopias, ou outros devaneios. Foi direto às suas necessidades, pois sabia que buscavam soluções reais para problemas que as afligiam diariamente. E elas iam a Jesus porque sempre recebiam o que buscavam. Jesus tinha um jeito especial de atender a cada uma. Naquele dia, em especial, as autoridades do templo ficaram muito indignadas com os frutos da pregação do Senhor (Jo 7,28-47), pois inúmeras pessoas acreditavam nele, e muitas já pensavam que ele deveria ser o Cristo, o prometido do Pai, por isso enviaram soldados para prendê-lo. Os soldados o encontraram pregando ainda na porta do templo, e o ouviram dizer, entre outras coisas: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva”. Após a pregação, juntamente com muitos outros ouvintes, ficaram impressionados com o que ouviram, voltaram sem prender Jesus e disseram às autoridades:

“Jamais homem algum falou como este homem!...” Que pregação! Até os soldados que
foram prendê-lo desistiram da tarefa, após ouvi-lo. Jesus pregou eficazmente. Despertou a fé nos ouvintes e apontou-lhes a salvação, isto é, ele mesmo; abriu-lhes o coração para que recebessem as soluções que necessitavam. É que ele pregava a verdade de maneira simples, direta e ardorosa. Sua pregação era querigmática. Até quando exortava os fariseus era para que voltassem à razão e se convertessem. Pregações querigmáticas são todas aquelas relacionadas com os seguintes temas: o amor de Deus, o pecado, a salvação, a fé, a conversão, o Espírito Santo e a comunidade, como fruto do Espírito Santo. Mas a pregação querigmática, por si só, não é garantia de eficácia. Para produzir fruto, ela deverá também ser ungida, ardorosa e entendida por quem dela necessitar. Como foi a pregação de nosso Senhor Jesus Cristo, deverá ser a nossa.

Conceito de Pregação e Ensino

a) Pregação

- É o anúncio do Evangelho, sob a unção do Espírito Santo, mediante o uso dos recursos e métodos da oratória e da retórica.
= Retórica: Estudo do uso persuasivo da linguagem, em especial para o treinamento de oradores.
= Oratória: arte de falar em público.

b) Ensino

- É a transmissão da Doutrina Cristã, também sob a unção do Espírito Santo, mediante o uso de recursos e métodos pedagógicos.

c) Distinção entre ensinos e pregações

- Pregação
= Oratória, eloqüência (Mc 16,15).
-
Ensino
= Didática, muitos recursos e técnicas metodológicas (At 18,25; Tt 2,1).

2. DISTINÇÃO ENTRE PREGADOR E FORMADOR

a) Pregador
- É a pessoa chamada por Deus, direta ou indiretamente, para anunciar e testemunhar o Evangelho, na modalidade de primeiro anúncio.
- É o arauto de Jesus, é o embaixador de Deus, é aquela pessoa especialmente escolhida para falar em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

b) Formador
- É a pessoa também chamada por Deus, direta ou indiretamente, para ensinar, transmitir a sã doutrina, àqueles que já receberam o primeiro anúncio do Evangelho.

3. OBJETIVOS DE PREGAÇÕES E ENSINOS

a) Pregação
- Colocar as pessoas em contato com Jesus Cristo ressuscitado, a fim de que
tenham a oportunidade de experimentar o amor de Deus e a salvação de
Jesus.

b) Ensino
- Oferecer aos irmãos conhecimentos sólidos e seguros sobre nossa doutrina, a fim de que perseverem no caminho da salvação.

4. EFEITOS DA PREGAÇÃO E DO ENSINO NAS PESSOAS QUE OS OUVEM

a) Pregação
- Atinge mais a emoção e os sentimentos dos irmãos e menos o raciocínio e a razão.

b) Ensino
- Atinge mais o raciocínio e a razão dos irmãos e menos os sentimentos e as emoções.

5. EMPREGO DE PREGAÇÕES E ENSINOS

a) Pregação
- Em temas querigmáticos (para todas as situações)
- Em temas catequéticos (para muitas pessoas, para encontros abertos).

b) Ensino
- Para temas catequéticos ministrados a pouca gente
= “Pouca gente”, expressão entendida como uma quantidade de pessoas que possibilite a aplicação de dinâmicas e o emprego de variadas técnicas de ensinos.

6. PREGAÇÕES E ENSINOS MISTOS
- É possível, e às vezes ideal, pregar ensinando e ensinar pregando.
- É importante usar pregação e ensino como estilos diferentes, como formas de variação.
- Em temas querigmáticos não é bom combinar pregação e ensino, principalmente quando se prega nos grupos de oração.

Características do perfil do pregador

O pregador é uma pessoa de fé e de oração; batizada no espírito (cf. At 9, 17); conduzida pelo Espírito (cf. At 16, 6-10); paciente e perseverante diante das perseguições (cf. At 5, 41); que testemunha a ressurreição de Jesus; que é membro do Corpo Místico de Cristo; que está inserida na realidade de seu povo, que é responsável, íntima de deus, de coração simples; é pessoa , a visão do plano de Deus (Ef 3, 17-19; Gal 1, 15-16), o zelo pelo Evangelho. O pregador leva as pessoas a Jesus, busca o dom da fé, ama e perdoa as traições e perseguições dos irmãos, aceita e pratica os dons carismáticos, prega com o poder no espírito, vive o que prega, fala a verdade, busca a formação.

Reflexão:

Como você tem reagido diante das características acima?

A) O Pregador é inserido na realidade de seu povo

Como profeta que anuncia a Boa Noticia do reino do Pai, mas também que denuncia as más noticias que afligem os filhos de Deus, o pregador não se aliena com a realidade que o cerca, mas vive engajado no meio social em que está. Com sabedoria e equilíbrio, pauta seu viver pela palavra de Deus, testemunhando Jesus em todos os lugares.
O pregador deve estar inserido da realidade de sua assembléia: prostituição, pobreza, desemprego, corrupção, falta de esperança. Para que sua pregação console, edifique e exorte de uma maneira mais eficaz.

B) O Pregador é responsável, paciente e perseverante

O pregador tem de ter responsabilidade para preparar com antecedência suas pregações, para assumir uma formação permanente, para ser fiel aos compromissos assumidos, tudo fazendo por meio da oração pessoal, do jejum, da participação dos sacramentos, da penitencia.
Antes mesmo dos outros sinais, como os prodígios, os milagres, a paciência pode aparecer como o primeiro sinal que confirma o ministério do pregador. É preciso perseverar no serviço com paciência sabendo esperar o momento exato da hora de Deus. E isso é um dom do Espírito Santo.

C) O Pregador é intimo de Deus

É impossível amar alguém sem conhecê-lo. É necessário que haja uma proximidade muito grande que faça nascer a intimidade que vai proporcionar o conhecimento, a confiança, fortalecendo, assim a amizade. Assim é também com Deus, precisamos ter intimidade com ele e isto não acontecerá sem não sentarmos aos Seus pés, senão ficarmos com Ele, se não nos relacionarmos com Ele. Para podermos fazer a vontade do Senhor, como pregadores, precisamos ter vida de oração. Somente ficando com Ele, poderemos amá-lo, escutá-lo, conhecê-lo e assumir como nosso os seus planos de amor.
Corremos o risco de fazer igual a Samuel (I Samuel 3, 1-10), servir ao Senhor sem escutá-lo, sem saber qual é a sua vontade. Samuel já servia ao Senhor, mas não O conhecia de fato. Faz-se necessário ser intimo do Senhor para que sua vontade seja realizada em plenitude.

D) O pregador é pessoa de fé

O pregador tem de ter uma fé madura que o leve à adesão incondicional a Deus e que o faça amar a Igreja de Jesus Cristo com tudo o que ela tem. Não se conhece um pregador que tenha dúvidas quanto à Doutrina Apostólica, resistência em obedecer a hierarquia da Igreja, resistência quanto aos dogmas da Igreja, tendências cismáticas ou heréticas. Não podemos pregar o que achamos, temos de pregar o que Deus revelou nas escrituras, sob o discernimento da Igreja. O pregador teve ter o cuidado para não cair na livre interpretação e distorcer a mensagem da palavra de Deus. Deve-se portanto ter zelo e amor pela palavra fonte da nossa fé.

E) O Pregador é Homem de Bem-Aventuranças

Em Mateus 5, encontramos traços bem delineados que precisam estar marcados no pregador:

· Coração pobre: Deus é a única riqueza do pregador e ele não o troca por nada. O Pregador que tem coração de pobre está sempre disposto a aprender, a ouvir outros pregadores, nunca está cheio de si porque tudo o que faz é para a glória do Senhor.
· Aquele que chora: o pregador é aquele que fala movido pela compaixão do povo que sofre, que chora junto com o povo, que não fica alheio aos seus sofrimentos e angustias. Através da pregação repleta de unção: ampara, consola, exorta e ama esse povo no Senhor.
· É manso: o pregador sabe ser dócil, compreensivo, carinhoso, manso em qualquer situação, sem perder sua postura de pregador.
· É misericordioso, tem o coração puro, é justo.
· É pacifico: ser pacifico não significa ser fraco, mas saber lidar com as situações de brigas, de ressentimentos, de desamor, para que se restaure a harmonia, a paz, o perdão e o amor.

F) O Pregador usa dos carismas
Em verdade, em verdade vis digo: aquele que crê em Mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai”. (Jô 14, 12)

G) O pregador é membro do corpo místico de Cristo

O pregador que é intimo de Cristo, torna-se membro Seu, onde Cristo é a cabeça e nós somos os membros. Pelo nosso batismo, crisma e eucaristia, já somos membros de cristo, porém é necessário tomar posse e aprofundar-se na mística de Jesus.

H)O Pregador tem visão do Plano de Deus

O Conhecimento do plano de Deus apresenta-se em duas partes que se completam: uma, no sentido geral, já revelada na Sagrada Escritura: a outra, em caráter particular, diz respeito à vontade de Deus para o pregador. Neste Jesus revela ao pregador o que ele deve fazer qual sua missão pessoal no contexto do plano geral.

Reflexão:

1. Você está inserido na realidade do seu Grupo?
2. É responsável no Grupo ou com os compromissos que assume?
3. Tem buscado ser intimo de Deus pela oração pessoal?
4. A sua fé está fundamentada na Doutrina da Igreja?
5. Tem exercitado as bem-aventuranças

Forjando nosso perfil

Igualar-se a Jesus é tarefa sobre-humana. Quase tão difícil é assemelhar-se a Paulo ou Apolo. É necessário, porém, que busquemos possuir um perfil semelhante ao deles para que, através da força do Espírito Santo, possamos dizer como São Paulo:
“Não pretendo dizer que já alcancei (esta meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu me empenho em conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus Cristo.” (Fil 3, 12).

A sagrada Escritura fornece o caminho que devemos percorrer para a formação do nosso perfil. Caminho da cruz e da renuncia de si mesmo (Mt 16, 24), da consagração total (Lc 1, 15; 3, 2; Jô 3, 30), da conversão (At 9, 6) e da busca da santidade:

· Caminho da Cruz e da Renuncia
Aceite a cruz em si mesmo com tudo o que ela significa, a começar pela própria negação de si, vai contra as fibras mais profundas do nosso ser. Não aceitar a sua cruz significa não aceitar Jesus como seu Senhor. Por isso essa aceitação é dom do Espírito Santo, pois não podemos efetivá-la somente com nossos esforços.

· Consagração
A consagração é necessária para que haja espaço em nossa vida para ação do Espírito Santo. Sem a consagração não há porque moldar o perfil do pregador ao perfil de Jesus.

· Conversão
É o Espírito Santo quem dá a graça da mudança interior (metanóia), seja nas emoções (exterior), nos sentimentos (interior) ou mesmo na maneira de pensar, julgar e agir.

Avaliando o nosso Perfil

Veremos alguns critérios para avaliar o nosso perfil, para podermos inclusive, saber onde nos empenharmos com mais esforço. Esses critérios são: amor, prontidão, aceitar que Jesus seja a motivação das pessoas e formar outros pregadores.


· Amor
O amor é marca mais sublime do perfil do pregador. Jesus olhava para a multidão e simplesmente amava com seu olhar, suas palavras eram carregadas de profundo amor e compaixão. Jesus curava pelo amor, libertava pelo amor. O Pregador também precisa amar, porém de uma maneira mais profunda, não basta amar como a si mesmo, o pregador tem de amar como Jesus amou e ama.
O pregador não pode deixar de amar alguém pela sua condição social, cultural ou intelectual, ou ainda por brigas, desavenças ou divisões. O Pregador deve ser aquele que dá o primeiro passo, pois ele não prega somente com as palavras, mas também com o testemunho.

· Prontidão
O Pregador tem de estar sempre disposto para anunciar a palavra do Senhor. Renunciar a própria vontade ou interesses, para proclamar com ousadia, autoridade, intrepidez.
Nunca colocar obstáculos devido às deficiências de estrutura física em certos lugares, deve-se sem dúvida, planejar o local afim de que o ambiente seja o melhor possível para anunciar a palavra.
Não escolher lugares por conveniências, o pregador deve ir onde for solicitado para que todos escutem o anuncio do Senhor.

· Aceita que Jesus seja a motivação das pessoas
Ás vezes, o pregador cai em armadilhas invisíveis. Uma delas é a tentação de querer para si a glória que pertence a Jesus. Isso acontece quando o pregador deseja o reconhecimento de seus méritos. O pregador deve agradecer a Jesus tanto pelos elogios como pela sua falta, aceitando com mansidão e afabilidade as críticas recebidas seja do coordenador, ou da comunidade que confirma.

· Forma outros pregadores
A opção pastoral de Jesus foi formar discípulos que fossem capazes de continuar sua missão. Jesus formou discípulos pregadores, se assim não fosse a mensagem do Evangelho não teria atravessado dois mil anos.
É importante que o pregador tenha consciência da necessidade formar outros pregadores e se empenha neste trabalho.
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mac 16, 15)

Como organizar a pregação

1. Considerações
Uma vez que a mensagem foi selecionada e sabemos qual objetivo precisamos atingir, devemos, então elaborar um plano, estabelecendo uma estratégia que nos permita chegar ao que propomos. Isso é o que significa organizar a pregação.

Uma mensagem, mesmo sendo muito boa, se desvirtua, se não está bem organizada, isto é, ela se perde numa pregação desorganizada. A organização da mensagem é como a tática que se deve seguir para ganhar uma partida de futebol. Pode-se jogar dando somente pontapés na bola; porém, as equipes que conquistam o título são as que tem a s melhores estratégias. Portanto chutar elementos, sem o mínimo de organização, não produz efeito nenhum. Existem diversas maneiras de se organizar uma pregação: exórdio, desenvolvimento e conclusão.

1º) Exórdio:

a)Introdução: tem como objetivo animar o auditório para ouvir o que irá ser pregado. Visa captar a tenção de todos e fazer com que se sintam privilegiados por estarem ali.

b)Motivação inicial: é a exposição geral do tema a ser pregado. Pode ser através de uma citação bíblica, mas não deve ser longa. Deve conter uma plano abrangente com três ideais, no máximo, para evitar dispersão e confusão.

2º) O Desenvolvimento:
É o corpo da pregação, sua parte mais longa. Nesta parte da pregação as idéias expostas anteriormente são trabalhadas uma a uma, buscando formar um “todo” compreensível ao auditório. Compõe-se de:

a) Enunciado: continuidade da motivação inicial. Deve conter de forma precisa e breve toda a mensagem que se quer dar.

b) Argumentação: explicação do que se deseja, alinhando argumentos que confirmam a mensagem, argumentos esses bíblicos, teológicos, filosóficos e vivenciais.

c) Aplicação: é a parte que valoriza a mensagem, pois o pregador inclui o auditório na pregação que está fazendo. Deve conter exemplos que tornam possível o que se fala.

3º) Conclusão

a) Resumo: reúne os temas pregados dando uma visão geral. Deve ser o “gancho” para o imperativo.

b) Imperativo: exortação final que contém: desafio, exortação, e chamamento. Deve provocar uma atitude no auditório em relação ao que se pregou.

c) Oração Final.

Esquema Geral:

Da passagem a ser pregada seleciona-se três versículos bíblicos, aos quais sob a ação do Espírito você julga ser o mais importante. De cada versículo extrai-se ainda uma palavra chave. Vale ressaltar a importância da pregação ter inicio, meio e fim, um alvo a ser acertado. Se o Tema é Senhorio de Jesus, no final da pregação a pessoa deve star motivada a ter Jesus como Senhor. Os versículos a serem trabalhados devem apresentar uma ordem lógica de raciocínio, harmonia e coerência.
As sub-chaves são as ideais desenvolvidas na chave principal. Depois na conclusão reapresentar rapidamente a lógica das três chaves e fazer em seguida o imperativo (desafio, exortação, chamamento)

I – INTRODUÇÃO
(parte única)
II - DESENVOLVIMENTO
1. ITEM (idéia chave)
a) Subitem
b) Subitem
c) Subitem
2. ITEM (idéia chave)
a) Subitem
b) Subitem
c) Subitem
3. ITEM (idéia chave)
a) Subitem
b) Subitem
c) Subitem
III – CONCLUSÃO
1. PERORAÇÃO
2. ORAÇÃO FINAL

2. A Inspiração

Deve-se contar com a graça de Deus para pregar, uma vez que este é um ministério sobrenatural. A inspiração (unção) se traduz na vida interior do pregador, por isso ele deve estar atento ao sopro do Espírito. O pregador não deve caminhar além daquilo que foi preparado, rezado e inspirado (I Cor 2, 1-5).

Fontes Primárias: Sagrada Escritura, Sagrada Tradição, Documentos da Igreja.

Fontes Auxiliares: Experiência própria, experiência dos irmãos, Ciências Modernas (Antropologia, Psicologia, História, Medicina, Sociologia, Geografia, Botânica, Zoologia), Natureza, Fatos da Vida.

Meios de acesso às fontes:
- inspiração do Espírito Santo
Deus age através da nossa natureza (imaginação, criatividade, inteligência)
- revelação privada
- recordação do que aprendemos
- Livros espirituais
- Moção

Preparação da pregação: Estar em sintonia com Deus (oração mental, louvor).
1. Perguntar a Deus o que ele quer que preguemos.

2. Esperar a resposta de Deus.

3. Formas de resposta de Deus:
- através dos dons carismáticos (ciência, profecia, imagens / visualizações)
- inspirações (idéias que recebemos do Espírito Santo, mas que não se enquadram na definição de profecia).
- moções (o Espírito Santo nos move, nos impele por meio da nossa natureza, colocando em nós desejo de fazer algo. É parecido com intuição. Na preparação do ensino ele nos impele para textos da Sagrada Escritura, de documentos da Igreja, de diversos livros espirituais, para fotos da vida, enfim para qualquer uma das fontes já citadas).
- Recordação: do que sabemos ou lemos.


1. Anotar tudo o que pensamos que pode ser de Deus
2. Discernir para saber o que é de Deus.
3. Ver se as idéias estão de acordo com a sagrada Escritura, com a Doutrina, a Tradição da Igreja, o Magistério e se vai faze bem a comunidade.
4. Organizar com o Dom da sabedoria o que foi anotado.
5. Dependência total do Espírito Santo de Deus.

Como pregar a mensagem

1. Antes da Pregação

a) Apresentação física:
Se o pregador se apresenta de qualquer jeito, com uma aparência descuidada (cabelos despenteados, roupa amarrotada, sapatos sujos, etc), isso pode ser um obstáculo para que as pessoas aceitem a mensagem. A apresentação do pregador deve ser adequada ao público que irá pregar.

b)Reconciliar-se com Deus
Se a apresentação exterior é importante, a interior é muito mais. Para não dar brecha a nada, principalmente ao inimigo, o pregador deve perdoar e pedir perdão, purificar suas intenções e motivações, ou seja, deve estar em harmonia com Deus, buscando, então, “viver sempre contente; orando sem cessar; em todas as circunstancias dando graças a Deus”.

c) Tempo
O pregador deve estar no local algum tempo antes do horário marcado não só para evitar correria, desassossego, perturbação, mas também para observar algum detalhe do local que possa aproveitar em sua pregação. Deve aproveitar ainda este tempo para ficar um momento a sós com o Senhor, se enchendo de Seu poder e Sua autoridade.

2. Durante a pregação

a) Tomar autoridade
Diante do auditório o pregador deve tomar autoridade no nome do Senhor. Se o público é grande ou não, se há autoridades religiosas presentes, tais fatores não devem perturbá-lo.

b) A voz:
Usa-se a voz como a palavra escrita de um jornal que contém todo tipo de letra: pequena, grande, cursiva, normal, negrita. De igual maneira, há coisas para ser dita ora com força, ora com suavidade, ora lentamente, para chamar a atenção, realçar, enfatizar, aclarar. O pregador tem de saber dar ênfase onde é preciso, levantando ou abaixando a voz, dando uma tonalidade mais brilhante, e pronunciando bem as palavras para que as pessoas entendam o que ele diz.
É preciso ter cuidado para que a voz não seja demasiado estudada, pois parecerá falsa; não seja tímida, tremida nem insegura, para que não se apóie em vícios como: né? me entendem? Tudo que é artificial deforma a pregação.

c) Os olhos
O pregador não deve voltar-se para uma janela, por exemplo, e olhar quem passa, pois isso distrai os ouvintes, como também pregar olhando constantemente o relógio, pois deixará os ouvintes incomodados. Veja as pessoas, passe seu olhar sobre todas. Não abaixe os olhos e nem o pregue no teto, mas, tranqüilamente, olhe nos olhos dos seus ouvintes vendo-os com tranqüilidade e serenidade. Fale sempre para os detrás, porque assim seu tom de voz torna-se mais forte. Se olhar somente os da frente seu tom de voz será mais moderado e nem todos os ouvirão. Falando para os de trás os da frente o ouvirão com certeza.

d) O rosto
É necessário que o pregador suavize a expressão de seu rosto para que não assuste nem intimide os ouvintes, sendo coerente no que está fazendo. O rosto é reflexo do coração que deve estar sereno e transmitindo paz. Rostos enojados ou mal-humorados não são compatíveis com o ministério de pregador.

e) As mãos
Devem servir para desenhar o que o pregador está dizendo. Portanto, nunca pregar com as mãos no bolso ou segurando algum objeto, para se ter liberdade de movimento.

f) O corpo
Toda a sua pessoa é comunicadora de uma mensagem. Não exagerar com movimentos bruscos durante toda pregação, não coçar-se, não fumar e não mascar chicletes, não recostar-se numa coluna ou parede.
O pregador pode usar do espaço físico que ele tem para se movimentar, porém deve se ter o cuidado para não ficar de um lado para o outro durante toda a pregação.

g) Os pés
O pregador deve colocar-se bem, mantendo os pés de forma que lhe de equilíbrio, tomando cuidado com o cabo do microfone.

h) A respiração
É a bateria que alimenta de energia a voz, sendo porém para o pregador fator importante. Assim é conveniente antes da pregação respirar profundamente varias vezes.

i) Tempo
É importante o cuidado com o tempo, evitando-se olhar no relógio a toda hora, e também ultrapassar o tempo com pregações longas.


Critérios para a avaliação da pregação 1. Saudar a assembléia 2. Apresentar-se 3. Oração inicial 4. Anunciar o tema 5. Ter um esquema básico 6. Ser direto 7. Ser atual 8. Falar claro 9. Usar bem a expressão corporal 10. Ter um tom de voz variado 11. Usar a Bíblia 12. Chamar a atenção da assembléia (Não é bronca) 13. Comunicar-se 14. Ser favorável na dicção 15. Testemunho de vida pessoal 16. Cumprir o tempo (não ser prolixo) 17. Atingir o objetivo proposto 18. Levar a assembléia a comprometer-se.

QUERIDO IRMÃO(A) PREGADOR(A)....

USE ESTE MATERIAL PARA SE AVALIAR E SE FORMAR E COMEÇAR A DAR FRUTOS EM SUA PREGAÇÃO.

Umberto Sell

MANUAL DO COMBATE ESPIRITUAL

VOCÊ ESTÁ PASSANDO POR PROVAÇÕES, POR DIFICULDADES, POR DORES???

Vivemos em um tempo de muitos conflitos, seja de ordem social, política ou moral. Ouvimos rumores de guerras, terrorismos e todos os tipos de violências em todos os lugares. Porém, nosso maior conflito é de ordem espiritual. Paulo em sua epístola aos Efésios exorta-nos: “pois não é contra homens de carne e sangue que temos que lutar, mas contra os principados e potestades, contra os espíritos dirigentes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nos ares (Efe 6, 13).

Estamos vivendo sem duvida alguma um Combate Espiritual, ou seja, a luta do espírito contra a carne, a realidade espiritual contra a realidade temporal. Devemos lutar para que à vontade da carne não prevaleça, e sim à vontade do espírito, o maligno, porém, é esperto, sabe como se introduzir no sentido, na imaginação e na libido, através de uma lógica utópica, contudo, não podemos deixar-nos enganar e aceitar as tentações que ele nos apresenta.

Enquanto estivermos neste mundo seremos tentados, “a vida do homem na terra é uma contínua tentação” (Jó 7, 1). Assim como o fogo prova o ferro, a tentação prova o justo, devemos, pois, resisti-las “com orações e súplicas de toda a sorte...”(Efe 6, 18). Nenhum homem está livre de ser tentado, pois já nascemos com inclinações ao pecado: “eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado” (Sl 50, 7). Entretanto, temos a certeza que não seremos provados acima de nossas forças, como São Paulo nos assegura em (1 Cor 10, 13).

Para resistir às tentações temos duas opções: fugir das ocasiões de pecado ou resisti-las com orações. Evitar as ocasiões de pecado não basta, é necessário arrancá-las, queimá-las no fogo do Espírito, por isso devemos ter uma vida de oração. Dessa forma, percebemos que uma completa a outra.

A batalha é árdua, ao mesmo tempo em que temos de lutar contra nós mesmo (más inclinações), pois somos fracos de vontade, faz-se necessário lutar contra as potências inimigas, que ao nosso redor ladra como um cão feroz, procurando a quem devorar. Ser vigilantes, nos tempos atuais é de extrema importância: “vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora” (Mat 25, 13).

Resiste no principio,
Tarde chega o remédio
Se já, por largo tempo,
A mal lançou raízez.

O inimigo nunca chega de uma vez, apresentando-nos uma grande tentação. Ele é astuto, pois sabe que se assim fizer resistiríamos, ele primeiro nos oferece um simples pensamento, depois uma importuna imaginação, logo o desejo, o movimento desordenado, por fim o consentimento da vontade. A Bíblia Amplificada traduz: "Orai em todo tempo - em cada ocasião, em cada época - no espírito, com toda (maneira de) oração e súplica”. Se não vigiamos com orações o inimigo aos poucos vai conquistando o nosso coração até tomar posse de tudo.

Como em uma guerra é importante, conhecer o inimigo, as armas que possuí, quais as formas de ataque que ele utiliza. Neste Combate Espiritual devemos seguir as mesmas regras, as principais formas de ataque de satanás são:
convencer-nos que ele não existe: engana-se quem acredita que essa tática do maligno é “furada”. Para muitos hoje, o demônio não passa de uma figura mitológica, medieval, folclórico que existiu no passado. Hoje, infelizmente, existem teólogos e exegetas que negam até mesmo os exorcismos de Nosso Senhor. Dos 105 exorcistas franceses, apenas 5 acreditam na existência do demônio, como nos traz o Padre Amorth, no seu livro Exorcismos e Psiquiatras. Algumas citações: (Mat 4, 1.10-11) / (Mac 3, 11) / (Jo 13, 26b-27a).

vermos demônio em tudo e em todos: este é outro perigo, começamos achar que tudo de ruim que nos acontece é motivado pela sua presença.
- pelo medo: nenhum medo vem de Deus, por isso devemos renunciá-los. Os medos são portas abertas para o inimigo agir em nossas vidas. “O senhor é meu pastor e nada me faltará” (Sl 22, 1).
- Pela culpa, real ou imaginária: o papel de acusador cabe ao demônio (Sl 109,6; Zc 3, 1-2;), (especialmente dos pecados passados), porém não há pecado que Deus não perdoe, “Teus pecados estão perdoados!" (Mc 2,5; Lc 7,48).
- Por nossas emoções (para nos manter voltados para nós mesmos).
- pela mentira, divisão, criar desconfianças, semear desarmonia; deformar, distorcer e aumentar os fatos, de moda a criar um abismo entre os irmãos.

No mundo, Satanás age levando a perdição nas famílias, a desestruturação de governos através da corrupção, da sociedade materialista, da pornografia, do homossexualismo, do adultério, da fornicação e tantas outras formas.
O dia em que o senhor voltará, está próximo, por isso o inimigo tem tentado destruir o plano de Deus (a salvação dos homens) de todas as formas. Será difícil vencer a batalha utilizando pequenas armas, enquanto o inimigo utiliza de canhões. Indubitavelmente a vitória já foi conquistada na Cruz, porém o maligno quer tirar de nós esta vitória, e ele só irá conseguir se nós entregarmos a ele.
É necessário mantê-la conosco, defendendo-nos de seus ataques. “Mas em todas essas coisa somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou” (Rm 8, 37). Essa defesa se dará com poderosas armas espirituais que Deus nos concede:
O Santo Rosário – Pio XI: “Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios .... Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis, de 29 de setembro de 1937).
O Jejum – Diz Santo Atanásio: “Queres saber o que o jejum faz? […] Expulsa os demônios e liberta dos maus pensamentos, alegra a mente e purifica o coração”. (INSTRUMENTUM LABORIS).
A Eucaristia – “ela é o antídoto que nos liberta de nossas faltas cotidianas e nos preserva dos pecados mortais”, é p alimento da alma, união verdadeira com Deus, nela encontramos reconciliação e redenção, "Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente” (Joã 7, 51).
A Palavra de Deus – cada palavra da Bíblia está dotado de poder, Jesus curava pelo poder da palavra, se queremos ser curados, libertos, cheios de Espírito de Deus, devemos ter lê-la.

Extraído do livro: Orações de Combate Espiritual, de Alexandre Borges

A REUNIÃO DE ORAÇÃO

HOJE QUERO FALAR DO GRUPO DE ORAÇÃO, DA REUNIÃO DE ORAÇÃO... ESTE IMPORTANTE MOMENTO DENTRO DA RCC....

A Reunião de Oração
I - Introdução
O segundo momento do Grupo de Oração é a reunião de Oração. A reunião de oração é um meio privilegiado para a comunicação do batismo no Espírito e a conseqüente experiência de Deus. É, portanto, um dos principais momento da dinâmica da Renovação Carismática Católica.
A reunião de oração é informal, marcada antes de tudo pela espontaneidade dos participantes e pela abertura ao Espírito. Por isso mesmo, não existem esquemas rígidos nem propostas definidas para o seu desenrolar.
No entanto, a reunião de oração não se desenvolve de maneira indefinida e sem direção. Há um conjunto de orientações que imprimem a ordem e o respeito, proporcionando melhor ambiente para a atuação livre do Espírito Santo, evitando excessos e eventuais desvios. Portanto, o que se segue não tem a finalidade de enquadrar ou padronizar as reuniões, mas de auxiliar em sua condução e melhorar seus resultados.
II – Conceito
Reunião de Oração é o momento em que os participantes do Grupo de Oração se encontram, semanalmente, para a oração, especialmente o louvor. Esse momento é aberto para outras pessoas que poderão, a partir dele, começar a fazer parte do Grupo de Oração, iniciando uma caminhada de conversão e crescimento perseverante na fé.
Por isso mesmo, é comum que os participantes da reunião de oração sejam bastante diversos, a exemplo da multidão no dia de Pentecostes (cf. At 2, 1-13). Além dos perseverantes membros do grupo (aqueles que estão na reunião todas as semanas), é comum se introduzirem nela: curiosos, ociosos, desesperados, depressivos, revoltados, entre outros. Alguns vão à reunião por livre vontade, sem motivo aparente, ou simplesmente porque foram convidados; outros, notadamente os jovens, vão por causa da animação; existe, ainda, os que estão buscando algo para si ou para outrem (cura física, libertação das drogas ou da bebida, conversão de um parente ou amigo etc).
A reunião de oração é, por assim dizer, um momento pentecostal: com os corações compungidos (cf. At2,37), os fiéis são levados à vivencia da fé, na fraternidade e no comprometimento missionário. Nela, os carismas devem ser manifestados sem restrições, pois fazem parte do ver e ouvir que convencem aqueles que estão chegando. A reunião de oração não é:
a) Uma aula
Não se trata de um momento de ensino bíblico, teológico ou moral. Não se pode dizer nem mesmo que a reunião é um aprofundamento catequético, a não ser como realidade vivencial. O essencial é a experiência do batismo no Espírito, do louvor e da conversão. Portanto, apesar do seu caráter instrutivo e de se reservar um momento específico para a pregação, o mais importante da reunião de oração é a sua dinâmica de falar e ouvir de Deus.
b) Um grupo de discussão
A reunião de oração não é para discussão política, social ou mesmo religiosa, por mais importantes que sejam tais assuntos. Existem ou devem ser criados espaços propícios para esse tipo de debate. Sobretudo em pequenos grupos, é comum que no momento da pregação ou fora dele pessoas ansiosas por dizer algo ou com nível maior de politização, introduzam questões que podem gerar tumulto ou provocar dos presentes. A liderança da reunião deve acautelar-se contra tais coisas e conter habilidosamente essas pessoas.
c) Uma sessão de terapia
A reunião de oração não é um momento criado para descarregar tensões emocionais adquiridas durante a semana. Algumas pessoas fazem do tempo de oração semanal uma espécie de sessão terapêutica, para a retomada do vigor e do ânimo ou até a cura das emoções, o que acaba por acontecer no próprio desenrolar da oração quando a pessoa louva e experimenta a presença de Deus e não por rezar na expectativa de receber um favor. O mais importante não deve ser nem mesmo a cura do Senhor, mas o Senhor que cura. O que se há de buscar em primeiro lugar não é a saúde, mas a santidade. (...)
Se temos confiança na Palavra do Senhor, certos de que é mais fácil passarem o céu e a terra do que ela deixar de cumprir-se, confiaremos a Ele todas as nossas preocupações, porque Ele se preocupa conosco (cf. I Pd 5, 7). Ele é tão bom que nos responderá antes mesmo que o chamemos, o solucionará até que os problemas em nossas vidas.
d) Uma reunião social
A reunião de oração não pode se transformar numa simples ocasião para encontro de amigos, para tratar de assuntos de interesse comum ou para tomar lanche e chá.
A reunião tem finalidade muito bem definidas, centradas na pessoa de Jesus.
III – Finalidades
Podem ser indicadas pelo menos quatro finalidades principais de uma oração:
a) Para louvar o Senhor
Apesar de não se prescindir de outros tipos de oração (petição, intercessão, cura, etc), o louvor exerce um certo primado na reunião. A experiência da Renovação Carismática Católica é uma experiência de resgate da oração de louvor, centralizada na pessoa de Jesus muito mais que nas necessidades do orante.
Por isso, o louvor ocupa lugar privilegiado. Nele, o Senhor atua derramando graças. O louvor é como que o preparo que o Senhor comunique a sua palavra de forma atual, por meio das profecias. O centro da reunião de oração é Cristo, a alma é o Espírito Santo, e a finalidade é adorar, louvar e glorificar o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é também nosso Pai.
b) Para proporcionar a experiência do batismo no Espírito
Essa finalidade não deve ser colocada em plano secundário. Tampouco, o batismo no Espírito Santo deve ser considerado ponto ulterior a uma etapa de formação. Portanto, a reunião deve favorecer o derramamento do Espírito, proporcionando aos participantes uma experiência de Deus.
Essa experiência é quase sempre manifestada no interior das pessoas e constitui-se em ponto de partida para sua vida de conversão.
Apesar disso, o batismo no Espírito não deve ser confundido com uma experiência meramente subjetiva, embora possa trazer consigo uma boa carga de emotividade.
c) Para evangelizar querigmaticamente
A reunião de oração tem, por sua própria natureza, a facilidade em comunicar querigmaticamente o evangelho, sobretudo o amor de Deus e a salvação. Uma reunião conduzida na unção do Espírito pode fazer com que as pessoas descubram e sintam que Deus as ama incondicionalmente e que foi capaz de dar o Seu próprio Filho para resgatá-las do pecado assim, toda reunião de oração de oração é uma manifestação salvífica de deus.
d) Para construir a comunidade cristã
A reunião de oração também tem a finalidade de inserir as pessoas numa realidade comunitária. Ela constrói laços, gerando a necessidade da partilha e da comunhão. Assim, a reunião de oração induz a uma experiência religiosa mais freqüente e comprometida seja no próprio Grupo de Oração ou numa outra realidade comunitária eclesial.
IV – Características
É possível destacar como principais características de uma autêntica reunião de oração o fato de ela ser:
a) Centralizada na pessoa de Jesus
Conforme foi referido, o centro de cada reunião de oração é o Senhor Jesus. Ele é o pólo de atração da comunidade e a fonte donde emana toda a sua força. Uma autêntica reunião de oração é a cristocêntrica, eliminando toda perspectiva meramente individualista.
b) Carismática
A reunião de oração deve ser essencialmente carismática, tendo como principio dinâmico o Espírito Santo. A Renovação Carismática Católica caracteriza-se pelo uso abundante dos carismas. Portanto, será comum nas reuniões a oração em línguas, as profecias, as curas e também os outros carismas (cf. ICor 12, 4-11), todos ordenados à caridade.
Os dirigentes da reunião de oração não devem resistir aos carismas, por medo ou indefinição. Isso seria recusar o poder de Deus.
Os carismas são elementos normais da oração; ao contrário, a sua ausência é que seria de estranhar. Quando não aparecem esses sinais do Espírito, devemos analisar qual é o obstáculo que impede essa demonstração. A fé nos deve levar a deixar manifestar todos os seus dons e frutos.
Reuniões de oração sem carismas transformam-se em círculos oracionais comuns, talvez bastante frutuosos, porém fora do contexto pentecostal próprio da RCC. E não podemos ter um grupo de oração carismático se não queremos ter os dons do Espírito Santo, o poder do alto em ação.
c) Fraterna e alegre
A reunião de oração deve ter uma atmosfera de fraternidade e alegria, que faz as pessoas se sentirem acolhidas, amadas e felizes durante o tempo em que ali estiverem. Esse clima é que faz com que, muitas vezes, aqueles que vêm à reunião pela primeira sintam o desejo de voltar. A alegria, às vezes explosiva, é uma outra nota distintiva das reuniões de oração.
d) Espontânea e expressiva
Como dito, o encontro de oração é informal. A reunião não é uma solenidade, embora possa ter momentos com esse caráter. Sua marca é a espontaneidade dos participantes que, na liberdade do Espírito, sentem-se à vontade para louvar em voz alta, cantar, bendizer e gesticular.
Os gestos livres tornam a reunião expressiva, de maneira, de maneira que os bons sentimentos interiores dos participantes sejam ‘comunicados’ e suscitem outras atitudes interiores. A expressividade é também traço característico da reunião de oração da Renovação Carismática. Sempre que o homem ora, põe em jogo seu espírito, sua alma e seu corpo. É o homem inteiro que se dirige a Deus, que o escuta e se compromete com Ele. Por isso, levantar as mãos, aplaudir, mover-se e até dançar, são diversas manifestações da oração do homem...’.
e) Ordenada
Apesar de expressiva e espontânea, a reunião de oração deve ser marcada pela ordem (cf. I Cor 14, 26-40). Por isso, toda reunião de oração, por menor que seja, deve ter um dirigente principal. Mesmo a equipe que lhe auxilia não deve ‘passar por cima’ dos seus direcionamentos. A função da equipe auxiliar é ‘descobrir a vontade do Senhor para a assembléia e, ao mesmo tempo, ser um apoio de oração para o dirigente principal.
Esta equipe serve também como filtro para as profecias, testemunhos, visões e todo o tipo de manifestações carismáticas que surgem durante a reunião. Portanto, a equipe auxiliar ajuda o dirigente no discernimento dos passos a serem dados, mas deve sempre sugerir e não encobrir, para não comprometer a autoridade do dirigente e confundir a assembléia. O dirigente por sua vez, deve ouvir sempre os seus auxiliares , sabedor de que não domina o Espírito, mas precisa da ajuda dos irmãos no serviço.
O ritmo impresso pelo dirigente e sua equipe não deve impedir a ação do Espírito, mas, pelo contrário, facilitá-lo. Os dirigentes devem tomar cuidado para não monopolizar a oração inibindo a participação de todos. É também importante que se respeite o horário de início e para o fim, evitando-se assim problemas com outros compromissos, sobretudo com familiares.
V – Conclusão
A reunião de oração é o momento em que os participantes do Grupo de Oração, juntamente com outras pessoas, se reúnem para a oração. Tem como finalidades principais: louvar o Senhor, proporcionar e experiência do batismo no Espírito Santo, evangelizar querigmaticamente e construir a comunidade.
Para estar no contexto pentecostal da Renovação Carismática Católica, a reunião precisa ser: centralizada na pessoa de Jesus, carismática, fraterna e alegre, espontânea e expressiva, mas sobretudo, ordenada.

Extraído do Módulo Básico de Formação da RCC (Apostila 3)

sábado, 13 de junho de 2009

AI DE MIM SE NÃO EVANGELIZAR...

" Ai de Mim se não evangelizar"... São Paulo faz esta experiência e nos convoca para esta missão, pois não é glória para mim e sim um dever.

Se soubessemos a importância desta frase que hoje ecoa o nosso coração, não ficaríamos de braços curzados. Onde você tem andando, shopings, teatro, cinema, praças, ônibus, aviões??? você tem aproveitado este locais onde o Senhor tem te levado para evangelizar... Quantas vezes você chega há um local, alguém senta ao teu lado e você se cala?? Você já parou para pensar que derrepente esta pessoa esta tendo ali o seu momento único de conhecer a palavra de Deus e que você foi o escolhido para evangelizá-la??

Esta palavra poderosa que São Paulo nos convida a vivenciarmos quer levar você e eu a nos manifestarmos, erguermos um poderoso exército e levarmos este poderoso anúncio a todas as pessoas. Olhe para a pessoa que está ai em sua casa, em sua empresa, no seu lazer... Experimente, ensaie... olhe para ele(a) e fale: JESUS TE AMA, É TEU SALVADOR E TEM UM PLANO PARA A SUA VIDA.

O SENHOR caminha a nossa frente, e não há como o medo habitar em nossa vida...

Umberto Sell